Brasil Sigano

Atividade faz parte da etapa preparatória para a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que acontece entre os dias 5 e 7 de novembro, em Brasília.

Plenária Nacional dos Povos Ciganos discute propostas para o segmento Data: 23/05/2013
A Plenária Nacional dos Povos Ciganos, etapa preparatória para a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III CONAPIR), ocupou a programação desta quinta-feira, 23, do Brasil Cigano – I Semana Nacional dos Povos Ciganos. O evento é realizado até amanhã, sexta-feira, na Granja do Torto-DF, promovido pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e parceiros.

A abertura da plenária foi feita pela secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da SEPPIR, Silvany Euclênio, pela representante dos povos ciganos no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), Bárbara Piemonte, e pelo secretário-executivo do Conselho, Sérgio Pedro.

De acordo com Silvany, o momento vivido pelos povos ciganos possibilita a reflexão sobre a democracia e o desenvolvimento sem racismo e para dizer ao Estado brasileiro como é que os povos oprimidos podem ser incluídos nesse processo.

Como na plenária seriam votados os representantes dos ciganos que serão delegados da Conapir, Silvany ressaltou também a importância da participação deles nas etapas municipais e estaduais que antecedem a Conferência Nacional. “É necessária uma reflexão própria dos segmentos antes de chegar à etapa nacional, uma vez que não é somente o Governo Federal quem faz a política”, afirmou.

A Conselheira Bárbara Piemonte, da etnia Calon, criticou a postura dos governos municipais que, de acordo com ela, são os que mais resistem à presença dos ciganos nas cidades. “Não somos nômades por opção, mas por imposição. Nós encontramos muitas dificuldades para permanecer nos lugares e, assim como nossos companheiros quilombolas, também temos interesse em permanecer em um território”, disse.

Lembrando dos seus pais e antepassados, Piemonte se emocionou ao falar também do preconceito que sofre por ser cigana. “Pedimos que o governo nos conheça: quem somos, quantos somos e onde estamos. Nós fazemos parte da história do Brasil. E apesar de eu ter apenas 18 anos, me comprometo com o povo cigano que vou lutar para mudar a nossa atual situação”, disse.

No painel “Democracia e Desenvolvimento sem racismo: por um Brasil afirmativo - Povos Ciganos e a política de igualdade racial”, realizado pelo professor Rodrigo Correa Teixeira, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), foi feito um breve panorama da história dos ciganos no Brasil, desde sua chegada no país até os dias atuais. “Temos um histórico de preconceito total dos governos desde a época colonial. Depois de quase 500 anos de políticas contra os ciganos, essa é a primeira vez na história que o Estado reconhece os ciganos como parte integrante da sociedade brasileira, o que vem acontecendo apenas nos últimos dez anos”, afirmou.

Brasil Cigano - O Brasil Cigano acontece de 20 a 24 de maio, na Granja do Torto, no Distrito Federal, reunindo cerca de 300 participantes de povos de 19 estados e do Distrito Federal e marca o Dia Nacional do Cigano, instituído por decreto assinado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 25 de maio de 2006.

O evento tem como objetivo fortalecer a organização e a participação dos povos ciganos nas discussões sobre políticas públicas, valorizar e dar visibilidade à diversidade da sua cultura e ampliar a interlocução das lideranças tradicionais ciganas com o Estado brasileiro e, é voltado aos povos ciganos, gestores públicos, estudantes e comunidade em geral.

Promovido pelo Governo Federal, por meio da SEPPIR, Ministério da Cultura, Secretaria de Direitos Humanos, Ministérios da Educação e da Saúde e pelo Governo do Distrito Federal, por meio das secretarias Especial de Promoção da Igualdade Racial e de Cultura, além de associações e entidades representativas dos povos ciganos.

Participam da organização do Brasil Cigano as seguintes entidades: Associação Internacional da Cultura Romani (AICROM-Brasil/GO), Associação Internacional Maylê Sara Kalí (AMSK-Brasil/DF), Associação Nacional das Etnias Ciganas (ANEC/GO), Associação de Preservação da Cultura Cigana (APRECI/PR), Centro de Estudos e Discussão Romani (CEDRO/SP), Grupo Leshjae Kumpanja/AL.

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Laranjeiras: Cultura negra marca início da 11ª Semana de Museus

A tarde do primeiro dia de atividades da Semana Nacional de Museus foi dedicada às manifestações da cultura negra na cidade de Laranjeiras. O município, que apresenta fortes aspectos culturais de origem africana, foi palco da lavagem da escadaria da Igreja do Senhor do Bomfim e recebeu a exposição ‘Sabedoria e fé dos “Pretos Velhos”’.


A exposição, em cartaz no Museu Afro-Brasileiro de Sergipe, visa mostrar, por meio de textos informativos e de um acervo iconográfico, a importância dos Pretos Velhos nas comunidades africanas e sua relação com as religiões. “Fizemos uma conciliação entre o dia 13 de maio, data da abolição da escravatura, com a homenagem a esses curandeiros e homens sábios que foram escravos, mas eram extremamente respeitados em suas comunidades de origem”, explica Verônica Consuelo, uma das curadoras da exposição e aluna do quinto período de Museologia da UFS.

A tradicional lavagem da escadaria da Igreja do Senhor do Bonfim foi mais uma atração da Semana Nacional de Museus que exemplifica bem a proposta do evento este ano, que aborda o tema 'Memória Social'. Para Sayonara Viana, coordenadora de museus da Secretaria de Estado da Cultura, “a integração da lavagem das escadarias da Igreja do Senhor do Bonfim com a programação da Semana de Museus representa a valorização da cultura imaterial, cultura esta que também deve estar presente nas atividades dos museus”. Além disso, a união do evento com uma expressão religiosa tão tradicional proporciona um maior vínculo entre a comunidade e as unidades museais.

O cortejo em direção à Igreja do Senhor do Bonfim saiu de um dos terreiros da cidade por volta das 16h e seguiu com muita música, dança e rodas de capoeira pelas ruas de Laranjeiras. Os que acompanhavam tiveram uma aula a céu aberto sobre a diversidade das manifestações religiosas de ascendência africana. Clécio Aragão, apesar de residir na cidade, acompanhou o cortejo pela primeira vez e destacou “manifestações como esta são importantes para que as pessoas conheçam melhor as religiões afro e assim possam se livrar de antigos preconceitos relacionados a aspectos tão diversos dessa cultura”.

Opinião que é compartilhada por Elienira Guilherme, que participa do cortejo há cerca de 5 anos. “O aspecto mais importante dessa manifestação cultural, além da livre expressão da cultura negra, é a possibilidade de mostrar para as pessoas que não existe nada de errado nas diversas religiões de origem africana”, acrescenta.

A programação na cidade de Laranjeiras segue até a quarta-feira, 15 de maio, com exposições e a oficina Confecção de Bonecos com o grupo 'Mamulengo de Cheiroso'.

Programação 

Dia 15/05
Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe/ Museu Galdino Bicho- Aracaju
Horário: 9h às 12h

Mesa Redonda: Memória da Museologia: as experiências e o legado dos pioneiros nos fazeres museológicos em Sergipe.

Coordenação: Profº Samuel Barros de Medeiro Albuquerque
Memorial da Advocacia Sergipana- OAB/SE- Aracaju
Horário: 15h

Visita Guiada ao Memorial da Advocacia coordenada por Alonso Junior.
Espaço Semear
Horário : 16h às 22h

Início da Oficina de Fotografia de Obras de Arte.
Ministrante: Carlos Hansen

Dia 16/05
Museu da Gente Sergipana/ Instituto Banese- Aracaju
Palestra: “Museus Comunitários: memória social e processos criativos”.
Profº Dr. Mário Chagas (UniRio-RJ)
Horário: a partir das 9h

Mesa Redonda: “Museus Comunitários: Perspectivas e Desafios”
Participantes: Profº Dr. Mário Chagas (UniRio-RJ); Profª Drª. Janaína Mello (NMS-UFS) e Flávia Borges (Mussuca/SE)
Horário: a partir das 10h30

Dia 17/05
Museu Histórico de Sergipe – São Cristóvão
Apresentação do Grupo “Quinteto Sonata” - Sociedade Filarmônica N. Srª da Conceição – Itabaiana/SE
Horário: 10h

Abertura da Exposição: “Um museu, uma coleção”
Monitoria: Profª Sayonara Viana- Coordenadora de Museus da SECULT
Lançamento do Catálogo e do Documentário sobre a Coleção Jenner Augusto.
Visita guiada a Exposição “Coleção Jenner Augusto”
Monitoria: Sayonara Viana - Coordenadora de Museus da SECULT.
Horário: 11h

Museu Histórico de Sergipe
Mesa Redonda: Museus (memória + criatividade) = Mudança Social.
Mediação: Thiago Fragata
Horário: 14h às 16h

Museu da Gente Sergipana – Aracaju/SE
União Lira Paulistana (Frei Paulo) e Filarmônica Municipal Coração de Jesus (Laranjeiras).
Horário: 16h

Palácio Museu Olímpio Campos – Aracaju
Apresentação Cultural: Música Antiga Renantique e Terpsícore Danças Antigas
Horário: 17h

Dia 18/05
Museu Artístico e Histórico de Itabaiana Antônio Nogueira – Itabaiana
Horário: 8h as 18h

Feira Literária com apresentação de nomes relevantes da literatura itabaianense
Exposição Fotográfica, “Um olhar poético sobre Itabaiana” (realizada por estudantes do município)
Apresentação do Quarteto de Sax da Sociedade Filarmônica Nossa Senhora da Conceição
Apresentação de Dança do Grupo Olga
Museu Histórico de Sergipe – MHS
Horário: 9h as 17h30

Oficina de Fotografia de Obras de Arte. Ministrante: Carlos Hansen
Aulas práticas


Fonte: Ascom Secult

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13 DE MAIO É DIA DE PRETO VELHO

No dia 13 de Maio é comemorado o dia da assinatura da lei Aurea quando relembramos a histórica “Abolição da Escravatura” no Brasil, e na umbanda comemora-se o “Dia do Preto Velho”.

Os Pretos Velhos representam o espírito de superação e transcendência de toda a tortura e sofrimento vividos por escravos no passado; quando homens negros eram tratados como objetos de comércio e lucro dos grandes senhores.


Os Pretos Velhos

Preto-velho na Umbanda, são espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos “seus filhos”.

Os Pretos Velhos após sucessivas reencarnações transformam-se em espíritos de luz e guias mediúnicos muito eficazes para trabalhar em diversos setores. Pretos Velhos são espíritos guias de elevada sabedoria, feiticeiros poderosos que dominam a “arte” do uso das ervas para trabalhar medicamentos espirituais e feitiços em diversas áreas.



Espíritos misericordiosos, não costumam deixar de atender aos pedidos de seus filhos, por isso não deixe de entregar suas oferendas com seus pedidos neste dia.



São os Mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o Amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são Mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em seus benzimentos.

A grande maioria dos terreiros de Umbanda, assim também suas entidades possuem a fé Cristã, ou seja, acreditam e cultuam Jesus (Oxalá). Entidades aqui tomada no sentido de espíritos que auxiliam aos encarnados, o mesmo que guia de luz.

A característica desta linha seria o conselho, a orientação aos consulentes devido a elevação espiritual de tais entidades, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.

Os Pretos Velhos seriam as entidades mais conhecidas nacionalmente, mesmo por leigos que só ouviram falar destas religiões Afro-Brasileiras. O Preto Velho é lembrado também pelo instrumento que normalmente utiliza – o cachimbo.

Os nomes de alguns Pretos Velhos comuns de que se tem notícia são Pai João, Pai Joaquim de angola, Pai José de Angola, Pai Francisco,Vovó Maria conga, Vovó Catarina. Pai Jacó, Pai Benedito, Pai Anastácio, Pai Jorge, Pai Luis, Mãe Maria, Mãe Cambina, Mãe Sete Serras, Mãe Cristina, Mãe Mariana, Maria Conga, Vovó Rita e etc.

Na Umbanda os Pretos Velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura.

Faça você mesmo sua oferenda a sua oferenda para Preto Velho no terreiro.
Ingredientes:
1 copo de café preto forte sem açúcar; 1 copo de cachaça com melado de cana-de-açucar, ou vinho moscatel doce; 1 broa de milho (fatiada) com bastante erva doce que você deve preparar e cobrir com côco ralado; 3 margaridas brancas; 3 cigarros de palha; 3 velas bicolores pequenas (preta e branca); 7 galhos pequenos de alecrim fresco para colocar entre as fatias da broa de fubá.
Preparo:
Coloque a broa sobre um prato (papelão preferencialmente), e distribua os outros ingredientes de forma harmoniosa em um jardim, mata ou praça. O café  e a cachaça podem ser despejados ao redor da oferenda e não esqueça de recolher os copos. Faça uma prece para que os pretos velhos ajudem com seus pedidos. Acenda as velas ao redor, com cuidado para não provocar incêndios e siga sem olhar para trás.

Masculinos:

Pai Agostinho;
Pai Joaquim;
Pai Francisco;
Pai Maneco;
Pai João;
Pai José;
Pai Mané;
Pai Antônio;
Pai Roberto;
Pai Cipriano;
Pai Tomaz;
Pai Jobim;
Pai Roberto;
Pai Guiné;
Pai Jacó;
Pai Cambinda;
Pai Benedito;
Pai Joaquim;
Pai Ambrósio;
Pai Fabrício;
Tio Antônio;
Vô Benedito;
Velho Liberato
etc…
Femininos:

Vó Cambinda;
Vó Bibiana;
Vó Cecília;
Vó Irina;
Vó Maria Conga;
Vó Catarina;
Vó Ana;
Vó Sabina;
Vó Quitéria;
Vó Benedita;
Vó Iriquirita;
Vó Leopondina;
Vó Filomena;
Vó Joana;
Vó Joaquina;
Vó Rita;
Vó Mariana;
Vó Guilhermina;
Mãe Benta;
Mãe Maria;
etc…


Fonte: Wikipedia

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FILHA DE ESCRAVO SERA BEATIFICADA AMANHÃ 04/05/2013



MAIS UMA COQUISTA UMA FILHA DE ESCRAVO SERA BEATIFICADA 

Filha e neta de escravos, Francisca de Paula de Jesus ficou órfã aos dez anos. Mulher humilde,
era fervorosa devota de Nossa Senhora da Conceição, e, a pedido da mãe, passou a vida inteira a dedicar-se à prática de caridade.
Leiga, foi chamada ainda em vida de "a mãe dos pobres". Respeitada por todos que a procuravam, desde os mais humildes aos homens do Império. Durante 30 anos, reuniu doações para construir a capela de 
Nossa Senhora da Conceição, onde hoje funciona o Santuário da Conceição, na cidade mineira de Baependi
Francisca de Paula de Jesus também era conhecida com "Nhá Chica".


                    A Beatificação

Francisca de Paula de Jesus – Nhá Chica hoje é reconhecida como Venerável, uma vez que o Santo Papa Bento XVI, na manhã da sexta-feira, dia 14 de janeiro de 2011, aprovou as suas virtudes heroicas.
Ainda em vida Nhá Chica passou a ser aclamada pelo povo como ‘a Santa de Baependi’, por sua fé e clarividência. Já foi Serva de Deus, título que recebeu oficialmente da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano, em 1991.
A causa de canonização de Nhá Chica está aguardando desde 2007 o anúncio de sua beatificação. A grande graça atribuída a Nhá Chica refere-se a professora Ana Lúcia Meirelles Leite, moradora de Caxambu, Minas Gerais. A professora e dona de casa foi curada de um problema congênito muito grave no coração, sem precisar passar por cirurgia, apenas pelas orações de Nhá Chica. O fato se deu em 1995. A graça foi aceita pelo Vaticano.
O início da campanha pela canonização se deu pela primeira vez em 1952. Depois de alguns anos uma nova instalação da Comissão em prol da Beatificação teve início em 1989 e depois foi instalada em definitivo em 14 de janeiro de 1992.
Mas em 1991, Nhá Chica já tinha recebido da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano o título de Serva de Deus.
O Processo Informativo Diocesano começou em 16 de julho de 1993, tendo sido encerrado em 1995, quando foi para Roma. O Relator deste processo foi o Pe. José Luís Gutiérrez.
A causa então ficou parada até 1998, quando assumiram como Postulador Frei Paolo Lombardo (ofm) e como vice-postuladora Ir. Célia Cadorin (ciic). Atualmente o Postulador é Dr. Paollo Villotta.

Em 18 de junho de 1998 foi feito o reconhecimento dos restos mortais de Nhá Chica, na presença de autoridades eclesiásticas, de membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e médicos legistas. Ainda em 1998, o Tribunal Eclesiástico Pela Causa de Beatificação de Nhá Chica apresentou à Diocese de Campanha um provável milagre para ser enviado e analisado pelo Vaticano
A publicação da ‘Positio’, documento que reúne todos os dados e testemunhos recolhidos durante a fase Diocesana, corresponde à primeira etapa do processo de beatificação e aconteceu no dia 30 de outubro de 2001. O documento seguiu para o Vaticano para ser apreciado pela Congregação das Causas dos Santos.
Em 30 de abril de 2004, os religiosos brasileiros reunidos na 42ª Assembléia Geral de Bispos do Brasil (CNBB) assinaram um documento pedindo pela beatificação de Nhá Chica. O documento que reuniu 204 assinaturas de Bispos de 25 estados brasileiros foi encaminhado pela Diocese de Campanha ao então Papa João Paulo II.
No dia 8 de junho de 2010, no Vaticano, deram parecer favorável às virtudes da Serva de Deus Nhá Chica, e no dia 14 de janeiro de 2011, Papa Bento XVI aprovou as suas virtudes heroicas: castidade, obediência, fé, pobreza, esperança, caridade, fortaleza, prudência, temperança, justiça e humildade. Este foi mais um passo em direção à beatificação.
Em 14 de outubro de 2011 o Milagre é reconhecido. A comissão médica da Congregação das Causas dos Santos analisou o milagre ocorrido por intercessão da Venerável Nhá Chica em favor da senhora Ana Lúcia. (leia sobre o milagre). Todos os 07 médicos deram voto favorável: a cura não tem explicação científica..
O Estudo do Milagre pela comissão de Cardeais da Santa Sé aconteceu em 5 de junho de 2012. O Santo Papa Bento XVI promulgou o Decreto da Beatificação de Nhá Chica, sendo que a cerimônia oficial será no dia 04 de maio de 2013, em Baependi (MG).

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Padre Assessor da Pastoral Afro-brasileira fala sobre liturgia

Ao ver esse videos achei interessante no meio de uma luta por liberdade de expressão a CNBB
cria a pastoral afro-brasileira.porem me faço uma pergunta; sera mais uma forma de se manter e manipular a população de comunidade de terreiro.

Porem tenho que lembra dos últimos  verdadeiros pastores  de almas o  santo papa  João Paulo ll e  Bento XlV  pois  foram  homens de sabedoria divina. o papa João Paulo teve a humildade de se desculpar pelas atrocidades cometida pela igreja no passado e isso é um gesto de amor divino, após sua morte  o papa Bento  reavalia os dogmas da igreja e entrega ao culto ecumenico mesmo contra  os elitista da entidade religiosa  do catolicismo criou a pastoral afro-brasileira vamos  parabenizar e espera que serja realmente uma comunhão entre a igreja e povos de matrizes africanas


CARTA DA AMPLIADA DO REGIONAL DAS CEBs – FEVEREIRO 2013
De 23 a 24 de fevereiro de 2013 nos encontramos na Chácara Santo Inácio, na cidade de Feira de Santana, 48 delegados e delegadas que representam 21 dioceses e arquidioceses de nosso Regional Nordeste 3.
Depois da acolhida e a oração inicial, Luis Miguel Modino, fez uma análise de conjuntura partindo da ideia de como ser Igreja de CEBs nos dias atuais a partir do que o 12º Intereclesial nos disse. O elo condutor foi o proverbio africano: “Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças extraordinárias”, que Dom Moacyr Grecchi, usou na celebração de abertura do 12º Intereclesial para definir as CEBs. A partir daqui foi analisada a realidade sócio eclesial hoje, e como esta realidade nem sempre responde a este jeito de se colocar diante da vida.
Os trabalhos foram desenvolvidos em cinco rancharias: As transformações sociais e a vivência da fé; as CEBs no Contexto Urbano; uma Opção pelos pobres a partir do Documento de Aparecida; Justiça e Profecia na construção do Reino e as CEBs conquistas de ontem e de hoje. Estas rancharias contaram com a assessoria de Luis Miguel Modino; Benedito Ballio; Paulo Silva; Luciano Bernardi e Terezinha Foppa. A partir do trabalho realizado em cada uma delas surgiu uma serie de desafios que devem levar à reflexão as CEBs.
Diante da mudança de época, como vivenciar nossa fé? Respeitando o outro, as diferenças; dando testemunho da nossa fé nos ambientes que vivemos; assumindo que a tecnologia, bem usada, ajuda a vivenciar a fé, em especial com a juventude; sendo conscientes que do mesmo modo que a mulher tem tido um papel fundamental nas transformações da sociedade, precisa ter seu lugar reconhecido na Igreja, mas para isso precisa de transformações; retomando a consciência comunitária frente à mentalidade individualista.
É preciso recuperar a memória histórica; formação e trabalho de base; estimular o espírito solidário; colocar as CEBs como eixo da pastoral; entender as diferenças entre paróquia com CEBs e de CEBs; denunciar o papel da mídia católica, que dificulta a vivência comunitária.
Como levar para a prática a opção pelos pobres que aparece nos Documentos da Igreja Latino-americana? A Igreja precisa reconhecer o rosto de Cristo nos pobres, pois essa opção pelos pobres tem raiz bíblica e Trinitária; sentir Maria como discípula missionária que assume a opção pelos pobres a través do Magnificat; sermos conscientes que Aparecida tem como objetivo a defesa da vida em todas suas dimensões, mas não critica as injustiças cometidas contra pobres, indígenas e afro-descendentes.
Diante do texto do samaritano reconhecer quem mais assalta hoje (mídia); nos perguntar quais são as hospedagens onde são acolhidos aqueles que estão à beira do caminho; como aproximar-se e acolher na realidade de hoje; como expandir para o ano todo o grito bonito da Campanha da Fraternidade; fazer que aquilo que a gente reza seja colocado em prática; como saber quem são os verdadeiros donos do mundo, nem sempre visíveis; sentimos que hoje o profetismo virou uma estética, e não podemos considerar normal a cultura de morte; precisamos fomentar a comunhão dentro e fora da Igreja; como recuperar a liberdade de expressão.
Em nossa Igreja, em nossas CEBs, como acolher os homoafetivos; como dar espaço para as mulheres, especialmente para as mulheres negras, também numa liturgia inculturada; qual é a vivência da juventude dentro das comunidades; procurar pontos comuns em que todos concordem para o bem do coletivo; respeitar às diferenças e buscar nelas a complementariedade e não a divisão; vida equilibrada com o planeta; valorizar a identidade daqueles que ao longo de mais de quinhentos anos conseguiram viver em harmonia com a natureza; valorizar o ancestral e os conhecimentos que passam de pai para filho; construção da soberania a partir das comunidades.
Encerramos esta parte do trabalho em grupos com um momento de mística, que nos ajudou a colocar nas mãos de Deus aquilo que faz parte de nossa caminhada e vivência da fé. Também não poderia faltar um momento de confraternização depois de um dia de profunda reflexão.
A celebração eucarística, presidida por Dom Itamar Vian, arcebispo de Feira de Santana, foi momento para celebrar juntos nossa fé e vida e dar inicio a nossos trabalhos no domingo, onde a reflexão foi centrada em torno do 13º Intereclesial, a ser celebrado em Juazeiro do Norte de 07 a 11 de janeiro de 2014. Foi tempo para organizar os passos a serem dados e possibilitar a reflexão e participação de nossas CEBs deste momento marcante em nossa caminhada eclesial.
Agradecemos à Arquidiocese de Feira de Santana pela possibilidade que nos ofereceu de poder celebrar esta ampliada do Regional das CEBs. A Dom Itamar, que desde o inicio apoiou e agradeceu o fato de nos encontrar aqui, a Companhia de Jesus que cedeu o espaço para nos encontrar e a tantas pessoas que voluntariamente, com tanto carinho fizeram nos sentir em casa.

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